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Acidentes com terceiros: qual o real custo para sua empresa e como reduzi-lo com gestão especializada?

  • CD Consulting
  • há 7 dias
  • 3 min de leitura

Quando um imprevisto vira passivo


Uma obra que compromete uma rede elétrica. Um rompimento de tubulação que atinge imóveis vizinhos. Um prestador que se acidenta durante o atendimento a um cliente. Esses eventos, comuns na rotina de empresas de diversos setores, podem rapidamente se transformar em prejuízos expressivos — financeiros, jurídicos e reputacionais.


Mesmo sem culpa direta, o simples vínculo entre à atividade de risco da empresa e o dano pode ser suficiente para gerar responsabilidade. Mais do que um problema jurídico, estamos falando de impactos reais na imagem e na sustentabilidade do negócio.


Responsabilidade além do contrato


Muitos gestores acreditam que a terceirização transfere automaticamente a responsabilidade por eventuais danos. Mas, de acordo com o Código Civil (art. 927), nas atividades que envolvem risco à integridade de terceiros, a obrigação de indenizar independe de culpa. E, conforme jurisprudência consolidada, pode haver responsabilidade solidária entre contratante e contratado, sobretudo quando falta controle ou fiscalização.


Ou seja, mesmo que o prestador seja independente, a empresa contratante pode ser responsabilizada — e chamada a responder integralmente.


O custo de um acidente não é só financeiro


Os danos diretos — como indenizações e honorários — são apenas parte do problema. Em muitos casos, a empresa ainda enfrenta:


●     Interrupção de operações


●     Perda de ativos


●     Queda de confiança por parte de clientes e parceiros


●     Exposição negativa em redes sociais ou na imprensa


Em setores como construção, logística e energia, um único sinistro pode alcançar cifras milionárias — e comprometer contratos ou projetos estratégicos.


Um levantamento da CNSeg apontou que, em 2023, os sinistros de responsabilidade civil somaram R$ 1,5 bilhão em indenizações, com crescimento notável em áreas de alta exposição a terceiros.


Além disso, o Global Risks Report 2024, da Marsh, destaca falhas na gestão de terceiros como um dos principais gatilhos para prejuízos reputacionais e perdas não seguradas.


Gestão especializada reduz impacto e evita litígios


Prevenir é essencial. Mas quando o acidente acontece, a forma como a empresa reage pode definir o tamanho do prejuízo.


A atuação de profissionais especializados permite respostas técnicas, alinhadas às melhores práticas do mercado: análise precisa dos danos, comunicação estratégica com os envolvidos, negociação eficaz e busca por solução consensual. Em vez de conflitos arrastados, soluções mais rápidas — com menor desgaste e menor custo.


O papel dos TPAs nos sinistros com terceiros


Empresas com maior exposição têm adotado o suporte de TPAs (Third Party Administrators) — estruturas técnicas independentes que assumem a gestão de sinistros em nome da empresa ou seguradora.


Esses operadores trazem neutralidade, agilidade e uma abordagem humanizada no tratamento de casos sensíveis. Como mostramos no artigo da semana passada, o TPA vai além da burocracia: atua como extensão estratégica da área de riscos, protegendo ativos e reputação desde o primeiro contato com o evento.



Conclusão

Acidentes com terceiros são uma realidade nas operações empresariais. O custo real ultrapassa à indenização paga: envolve tempo, imagem, contratos e reputação.

Adotar uma postura preventiva e contar com estruturas de gestão especializada — seja internamente ou via parceiros técnicos — é o caminho mais eficaz para reduzir danos e proteger o futuro do negócio.

 

Fontes utilizadas:

●     Código Civil Brasileiro – Lei nº 10.406/2002, art. 927, parágrafo único

●     Súmula 331 do TST

●     STJ – Jurisprudência sobre responsabilidade objetiva e solidária

●     CNSeg – Relatórios de mercado 2023

●     Marsh – Global Risks Report 2024

 
 

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