Assistência à Reparação Civil torna-se mais uma cobertura de seguro de Responsabilidade
- Frederico Geraldo
- 16 de dez. de 2024
- 8 min de leitura
Atualizado: 9 de jan.

AKAD INCORPORA NOVA COBERTURA DA CONNECTING DOTS AO SEU PROGRAMA DE SEGUROS PARA PRESTADORES DE SERVIÇOS
O Serviço de Assistência à Reparação Civil comercializado pela empresa Connecting Dots (CD) diretamente com o cliente final, acaba de ser incorporado ao Programa de Seguros para Prestadores de Serviços da Akad Seguros como mais uma cobertura. Com uma equipe formada por advogados, engenheiros, assistentes sociais e negociadores, acionada em caso de acidentes com terceiros, este trabalho gera economia financeira para as empresas que o contratam e, também, promove a queda dos litígios judiciais.
Frederico Geraldo, CEO da Connecting Dots, comemorou o feito lembrando que quando fazia a apresentação dos serviços da sua empresa, poucas seguradoras viam oportunidade de inovar: _ “Tudo o que a CD almejava era encontrar uma seguradora que entendesse e vislumbrasse as vantagens de um serviço como este, que é pró-cliente, pró-mercado e pró-seguro, inclusive, totalmente aderente ao novo ordenamento jurídico que surgiu com a nova Lei de Seguros”, enfatiza.
Criamos uma camada adicional de proteção colocada à disposição pela AKAD às grandes empresas que trabalham com diversos prestadores de serviços. Estipulantes e Segurados passam a contar com o apoio da Seguradora no momento de um incidente envolvendo terceiros, destaca Frederico.
O Serviço de Assistência à Reparação Civil prestado pela Connecting Dots funciona também como um hedge de risco, ajudando a mitigar a ocorrência de abertura de processos de sinistros.
"Criamos uma camada adicional de proteção colocada à disposição pela AKAD às grandes empresas que trabalham com diversos prestadores de serviços. Estipulantes e Segurados passam a contar com o apoio da Seguradora no momento de um incidente envolvendo terceiros”
Frederico Geraldo
Caroline Santos, Head de RC da Akad Seguros, atua há 24 anos no mercado de seguros em diferentes campos, como em seguradoras, resseguradora, corretora de seguros, de resseguros e também como gerente de riscos de um grande conglomerado foi quem enxergou essa oportunidade de parceria entre as empresas.
“O Programa de Seguros para Prestadores de Serviços é um negócio novo no Brasil, lançado em setembro de 2024, que vem agregar serviços para um público com reais necessidades”, comemora a executiva. O Programa já existia, mas faltava ‘A cereja do bolo’. “Este produto será o carro-chefe da Akad para 2025”. – Afirma a Carol.
O acordo entre a CD e a Akad aconteceu de forma muito rápida. Desde a apresentação do serviço até a sua inclusão no Programa não demorou mais do que dois meses.
Com a sinalização da Akad sobre o interesse na parceria, Caroline e Frederico promoveram um roadshow com os principais corretores do mercado, que apoiaram integralmente a iniciativa, ratificaram a relevância do novo produto, e ajudaram a formatar o modelo final que hoje integra esse programa da seguradora.
Historicamente, lembra Frederico, o seguro de Responsabilidade Civil tem sido encarado como um seguro de “condenação civil”, cuja responsabilidade é normalmente apurada em juízo, o que pode acontecer anos após a ocorrência. Partindo dessa premissa, a Connecting Dots (CD) introduziu essa inovação no mercado com a qual tem a expectativa de inverter essa lógica por meio do pioneirismo da Akad.
CARACTERÍSTICAS E INOVAÇÃO
O Programa de Seguros para Prestadores de Serviços nasceu como uma evolução do OCIP (Owner-Controlled Insurance Program), um produto elaborado nos Estados Unidos, que acolhe todos os contratados e subcontratados que prestam serviço para o contratante, sendo ele o estipulante do seguro, sem perder a condição de terceiro reclamante.
“Estamos fazendo algo bastante diferente, que entrega muitas coberturas e benefícios. Ele nasce na Responsabilidade Civil Geral, porque é a sua maior exposição de risco, mas irradia para outras linhas de negócios. Com o entendimento que possuímos hoje do que é a dor do cliente e tudo que um programa de seguros pode proporcionar, comercializamos o Programa para riscos de engenharia, E&O e garantia, além da responsabilidade civil”, explica Carol.
“Não basta dizer ao mercado que é um produto novo. Mais do que isso, ele é inovador”, comemora Fred. Carol conta que no processo de elaboração do Programa de Seguros para Prestadores de Serviços, ela identificou que várias coberturas existentes no clausulado de Responsabilidade Civil Geral não eram comercializadas. “O primeiro ponto foi inserir mais coberturas do que o mercado tradicional vendia”, explica.
“A intenção da seguradora é encurtar a cauda do sinistro de responsabilidade civil geral, porque é possível oferecer soluções mais rápidas e mais empáticas, sem expectativas de que o reclamante venha com ‘sangue nos olhos’, porque no momento do sinistro ele recebeu apoio"
Caroline Santos
Uma dessas coberturas é a despesa de contenção de sinistro, utilizada para dar apoio ao segurado. Caso ele identifique um risco potencial, é possível receber um valor para que o sinistro não aconteça. Por exemplo, o segurado verifica que seu muro pode cair para o terreno ao lado, que é de uma concessionária de veículos. Antes que o muro caia, a seguradora vai dar apoio. “Se este muro cair, existe toda uma burocracia para o pagamento do sinistro, como a documentação a ser entregue, perícia para apuração do dano, toda a regulação em si. A vinda do Fred é para dar o atendimento à vítima no momento mais desafiador, que é o do sinistro”, aponta Carol.
Ao contratar uma empresa para proporcionar este conforto ao cliente, que oferece assistentes sociais para realizar uma primeira visita, que disponibiliza psicólogos para dar apoio à perda etc., quando chegar o momento da indenização as coisas acontecem de forma mais fluída, rápida, com maior possibilidade de acordos, que muitas vezes nem precisam chegar aos processos de fato.
A intenção da seguradora é encurtar a cauda do sinistro de responsabilidade civil geral, porque é possível oferecer soluções mais rápidas e mais empáticas, sem expectativas de que o reclamante venha com ‘sangue nos olhos’, porque no momento do sinistro ele recebeu apoio.
Para a Akad Seguros, priorizar o ser humano é um dos valores da cultura da seguradora. “Nós começamos a pensar em produtos, sendo ágil e digital, mas sem perder o lado humano. Queremos soluções nas quais possamos agregar estes valores”, ratifica Carol.
PRODUTO EM CRESCIMENTO
A expectativa da seguradora é que este produto cresça bastante na carteira da Akad Seguros. Para se ter uma ideia, o Brasil é o quarto país no mundo com mais sinistros envolvendo prestadores de serviços. Como um país emergente, há muitos novos empreendedores a cada dia. A publicação Empreendedorismo no Brasil 2023, editada pelo Sebrae (Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa), mostra que em 2020, cerca de 49,6% das atividades empreendedoras no Brasil surgiram por necessidade, refletindo o cenário de crise. Contudo, a recuperação já é visível, com 61,4% dos novos empreendimentos em 2023 sendo fruto de oportunidades de mercado. A expectativa para os próximos anos é que esse número continue a crescer, podendo chegar a 70%, impulsionado pela retomada econômica, a queda do desemprego e o controle da inflação.
O crescimento deste número pode se refletir na quantidade de prestadores de serviços que atendem diversos segmentos. “O maior sinistro da América Latina nos últimos 10 anos aconteceu no Brasil. Ele é midiático, foi o sinistro no Porto de Santos, que queimou por quase uma semana por conta de uma operação realizada por um prestador de serviços,”, lembra Caroline Santos, que na época atuava como corretora de seguros conhecedora da colocação do seguro do contratante, que esgotou sua apólice e, mesmo assim, sem a cobertura suficiente para fazer o pagamento total do sinistro.
Os grandes grupos econômicos, para aceitarem empresas menores como prestadores de serviços, muitas vezes realizam processos de análise de capacidade econômica e técnica dessas empresas. “Uma das exigências destes grupos econômicos é a apresentação de apólices de Responsabilidade Civil. O problema é que o prestador pode ser uma empresa super capacitada ou um empreendedor Eireli. Os dois são prestadores de serviços, um podendo ter um contrato de R$ 2 milhões e o outro de R$ 5 mil por mês. O problema é que a dimensão do contrato celebrado para prestação de serviços não tem relação diretamente proporcional com o tamanho do estrago que ele pode causar”, explica Fred.
Vale ressaltar que quando se fala sobre seguro de Property é possível estipular exatamente o valor de um bem. Mas quando se trata de produtos de responsabilidade, é possível ter um contrato de R$ 50 mil e a exposição a danos ultrapassar R$ 10 milhões, porque um sinistro de incêndio pode afetar todo o entorno e envolver um hospital, uma fábrica ou uma creche, por exemplo, causando perdas e grandes transtornos.
Os pequenos prestadores, para contratar o seguro, têm dificuldades, porque o seu faturamento não é suficiente para bancar o valor da cobertura necessária para prestar o serviço. O que a Akad fez foi elaborar um grande guarda-chuvas de limite, onde é possível colocar todos os seus prestadores. “O objetivo da Akad é que todas as empresas que utilizam terceiros tenham a oportunidade de contratar uma apólice de seguros. Uma grande rede de shopping center, por exemplo, já possui uma apólice de seguros, porém as coberturas podem estar muito aquém da necessidade pela exposição de riscos”, esclarece Caroline.
Na apólice do prestador de serviços também é comum que ela já tenha sido usada em outro sinistro. “Ele tem uma apólice amparando toda a sua operação no Brasil. Quando eu peço para acessar aquela apólice para um sinistro que eu sofri, este seguro não existe mais. Nós fazemos a ligação entre o estipulante e todos os seus prestadores de serviços, que entram na mesma apólice e compartilham do limite. Isso traz segurança para todos os envolvidos: tanto para o prestador, que se causar sinistro (mesmo com valores que superem, em muito o seu faturamento) garante a continuidade para o seu negócio, quanto para o estipulante, que não precisa acionar a sua apólice, que prevê franquias muito altas”, explica a executiva da seguradora.
Para se ter uma ideia, o estipulante consegue oferecer limites mais altos para os seus prestadores de serviços. Normalmente, um prestador de serviços consegue contratar uma apólice, em média, com importância segurada entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão. A Akad consegue oferecer para um estipulante maior uma cobertura de até R$ 50 milhões, com mais coberturas capazes de amparar toda a gama de riscos. A contratação desta apólice é anual, que ampara todos os prestadores de serviços.
Na contratação é analisada a razão social, o CNPJ, número de contrato do prestador, número de prestadores envolvidos nessa operação, valor do contrato e um breve descritivo do tipo de atividade que ele irá fazer. Com estas informações, será feito o processo de subscrição e precificação na companhia. “O produto pode incluir desde a pessoa que vai cuidar de um ar-condicionado ou um serviço de limpeza até a pessoa que virá do exterior para montar um maquinário. A intenção é que o estipulante consiga colocar um grande número de prestadores na mesma apólice, para diminuir os custos para os prestadores e o seu limite de contratação”, considera Carol, ressaltando que os prestadores incluídos na apólice, normalmente, já passaram pelo crivo do estipulante para fazer parte de seu hall de prestadores. São profissionais que já atuam no mercado, com histórico de sinistro controlado ou inexistente.
O público-alvo deste produto são grandes corporações, desde indústrias pesadas, concessões de transmissão, geração e comercialização de energia (principalmente renováveis), shopping centers, hospitais, rede de hotéis, aeroportos etc.
Do ponto de vista de vantagens, Fred pontua que o estipulante ganha uma gestão muito maior do risco, porque ele consegue ter controle sobre os limites utilizados, sobre os pagamentos dos prêmios, ou seja, este programa traz ao estipulante a gestão efetiva do Risco de Responsabilidade Civil e a compreensão de que esse risco, uma vez materializando-se, será acompanhado pela seguradora. “Do ponto de risco do prestador, a vantagem está na facilidade de contratação, porque o fornecedor passa a ter possibilidade de trabalhar com um grande grupo econômico. Porque as grandes empresas exigem um limite alto, mesmo dos pequenos empreendedores. É uma chance de crescer e trabalhar com os ‘grandes’”, completa Fred, da Connecting Dots.
Fonte: Revista Apólice